Renda de informais e autônomo cresce mais que a CLT aponta IPEA
- Giro da Notícia
- 30 de set.
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A renda média dos trabalhadores informais e autônomos registrou um crescimento mais acelerado do que a dos trabalhadores com carteira assinada (CLT) no segundo trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Destaques do Crescimento Anual (2T2025 vs 2T2024):
* Informal: Crescimento médio de 6,8% no salário.
* Autônomo: Crescimento médio de 5,6% no salário.
* CLT: Crescimento médio de 2,3% no salário.
Rendimentos Absolutos e a Mudança de Tendência
Apesar do crescimento mais rápido dos rendimentos de informais e autônomos, os trabalhadores CLT ainda mantêm a maior renda média absoluta no trimestre:
* CLT: R$ 3.171
* Autônomo: R$ 2.955
* Informal: R$ 2.213 (maior nível para esse grupo desde 2012)
O que mais chama a atenção é a queda da diferença salarial entre os grupos. Há quatro anos, no segundo trimestre de 2021, o salário dos celetistas superava o dos autônomos em 25%. Agora, no segundo trimestre de 2025, essa diferença caiu para apenas 7,3%.
Efeito Colateral: Previdência Social Sob Pressão
Essa tendência de crescimento da informalidade e do trabalho autônomo, impulsionada por plataformas como Uber e iFood, gera um impacto negativo na cobertura previdenciária de muitos trabalhadores, que acabam ficando sem direito à aposentadoria.
Em paralelo, a expansão dos Microempreendedores Individuais (MEIs) também pressiona o sistema. Embora os MEIs tenham direito à previdência, a contribuição que pagam (5% do salário mínimo) é considerada insuficiente para cobrir futuras aposentadorias. Essa "renúncia fiscal" do modelo MEI atingiu R$ 6,44 bilhões no final de 2024, um aumento de 24,4% em relação ao ano anterior.
O texto foi reorganizado para apresentar as informações mais importantes e os dados de crescimento e rendimento de forma clara, seguidos pelo contexto da mudança de tendência e o problema do impacto previdenciário.



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