MPAL Desarticula Fraude Milionária: Ex-PM Kel Ferreti é Apontado como Chefe de Esquema de Rifas Ilegais em Maceió
- Giro da Notícia
- 6 de out.
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O Ministério Público de Alagoas (MPAL) desvendou um esquema milionário de rifas e sorteios ilegais que teria movimentado mais de R$ 33,7 milhões em Maceió. O grupo é apontado como sendo liderado por Kleverton Pinheiro de Oliveira, 40, mais conhecido como Kel Ferreti, um ex-policial militar que se autodenomina "empreendedor digital".
A Fraude e a Promessa de Riqueza Online
Kel Ferreti utilizava as redes sociais para se apresentar como um guru financeiro, comercializando cursos que prometiam ensinar a lucrar com jogos online. Contudo, as investigações revelaram que esse negócio rentável escondia uma engrenagem criminosa. Segundo o MPAL, os sorteios eram manipulados: os bilhetes premiados eram previamente reservados, garantindo ganhos milionários ao grupo e causando prejuízo aos apostadores.
O promotor Cyro Blatter, coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Dinheiro (Gaesf), ressaltou a ilegalidade do esquema, que envolvia apostas em plataformas estrangeiras (chinesas, coreanas, entre outras) e carecia de "nenhum tipo de controle" legal no país.
Envolvimento de Influenciadores na Divulgação e Finanças
O esquema dependia da participação de influenciadores para a sua divulgação e a movimentação do dinheiro. A influenciadora Laís Oliveira, com mais de cinco milhões de seguidores, é citada como peça central no processo. Entre janeiro e abril de 2024, ela recebeu cerca de R$ 1 milhão de uma das empresas de Kel Ferreti, e seu marido, o também influenciador Eduardo Veloso, recebeu R$ 456 mil.
A Operação e as Defesas dos Acusados
O caso veio à tona com a deflagração da Operação Trapaça, em dezembro de 2024. Na ocasião, Kel Ferreti foi alvo de prisão em seu apartamento de luxo em Maceió, onde agentes apreenderam joias, celulares e R$ 20 mil em espécie. O casal Laís e Eduardo também chegou a ser preso em Fortaleza durante a mesma operação.
• A defesa de Laís e Eduardo nega a participação no esquema, afirmando que o casal apenas atuou como influenciador, prestando "serviços de publicidade".
• Os advogados de Kel Ferreti sustentam que ele não é o proprietário de nenhuma plataforma de apostas, limitando-se apenas à divulgação.



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